Os carboidratos são divididos basicamente em 2 grupos: os simples e os complexos.
Os carboidratos complexos são aqueles que possuem 2 ou mais moléculas de açúcar. Ou seja, são digeridos mais lentamente pelo corpo, fornecendo nutrientes de forma constante, por mais tempo, durante sua digestão.
Carboidratos simples, por outro lado, como o nome já diz, tem digestão bem mais fácil,
que acaba acontecendo bem mais rápido.
Importante saber que: todos os carboidratos, após digestão, são transformados em açúcar (glicose).
Como o nosso corpo reage quando comemos os carboidratos?
Quando a gente come carboidratos simples (massa, arroz branco, doces, etc.), estes são digeridos rapidamente pelo organismo liberando altas quantidades de açúcar no sangue, como resultado da digestão. Isto causa picos nos níveis de açúcar no sangue.
O hormônio que armazena o açúcar é a insulina. A concentração de insulina no sangue é proporcional à concentração de açúcar no sangue, que é proporcional à quantidade de carboidratos ingerida.
O corpo possui 2 formas principais de armazenar energia que precisamos:
Uma delas é uma fonte de energia rápida de fácil acesso chamada glicogênio. A outra é uma fonte maior de energia, a gordura.
O glicogênio é armazenado em quantidades limitadas no fígado e nos músculos (300g-400g). O corpo sempre prefere armazenar a energia extra como glicogênio. Mas quando os estoques já estejam completos, o corpo é obrigado então a recorrer ao seu estoque secundário, a gordura corporal.
A insulina é o hormônio que irá percorrer o sangue levando esta energia (glicose) aos seus destinos, músculos, tecidos, gordura, etc. Quando ocorre o pico de açúcar, o corpo percebe isso e libera insulina em quantidades altas para recolher todo esse açúcar que não será usado no momento e estocá-lo como gordura! Esse recolhimento feito pela insulina é muito ágil, fazendo com que os níveis baixem rapidamente.
Quando o corpo percebe que os níveis de açúcar estão baixos, ele dispara um sentimento de fome, afinal você precisa restabelecer estes níveis. Ao ter fome, você irá atrás do que irá repor energia rapidamente, ou seja carboidratos, e assim se forma um ciclo.
RESUMINDO: Você come carboidratos simples -> o corpo digere rápido -> aumentam os níveis de açúcar no sangue -> o corpo libera insulina -> o excesso de açúcar é armazenado, resultando em níveis baixos de açúcar no sangue -> causa fome -> você come novamente e se fecha o ciclo.
Uma coisa simples e importante para se lembrar é: Caso você tenha uma refeição rica em carboidratos simples, ou seja, de rápida digestão, o corpo irá transformar todo este carboidrato rapidamente em açúcar, fazendo com que os níveis de açúcar no sangue subam, exigindo que o corpo libere quantidades elevadas de insulina para a “limpeza” e retomada do equilíbrio.
Caso você tenha uma refeição rica em carboidratos complexos e naturais, a digestão acontece mais lentamente, desta forma você terá sensação de saciedade prolongada, não sentindo fome tão cedo. O corpo irá liberar no sangue quantidades constantes e controladas de açúcar. Não liberando, portanto, grandes quantidades rapidamente, como no caso dos carboidratos simples. Isso fará com que o corpo evite liberar quantidades altas de insulina, ou seja, o corpo liberará quantidades controladas no sangue para que entregue o açúcar a seus destinos. Sendo este processo controlado e constante, o armazenamento deste açúcar como gordura é diminuído.
Você não sentirá alterações na sua energia e disposição, pois não existirão níveis baixos de açúcar no sangue causados pela ação da insulina.
Quando os níveis de insulina no sangue estão altos, o corpo não irá tocar nas células de gordura para utilizar-se de energia, ou seja, não queimará gordura.
A insulina desempenha seu papel de favorecer o bloqueio ao acesso às células de gordura que mesmo com exercícios aeróbicos intensos fica difícil se queimar gordura até que os níveis de insulina voltem à normalidade.
Se você não quer ter picos de insulina no sangue, fique atento ao índice glicêmico dos alimentos. O índice glicêmico (IG) é o potencial que um determinado alimento tem de aumentar a carga de açúcar no sangue.
Quanto mais alto o IG, mais rápido é o aumento de açúcar no sangue. Quanto mais baixo, mais devagar e de modo contínuo o açúcar é liberado.